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Existe uma beleza nos jogos de palavras. Com papel, caneta e duas pessoas entediadas, o jogo da forca pode ajudar o tempo a passar um pouco mais rápido. Quem escolhe a palavra tem uma missão: matar o outro jogador. E quem tenta adivinhar precisa escapar de uma morte desenhada aos poucos na página branca.

O passatempo não é tão mórbido quanto parece. Na verdade, ele serve bem para esconder palavras que não conseguimos dizer em voz alta, engasgadas na garganta. Há até um contrassenso para quem formulou o mistério, uma torcida secreta para que as palavras sejam adivinhadas. Elas precisam ser descobertas aos poucos, por alguém disposto a investigar a própria memória. 

O vocabulário compartilhado entre os jogadores é o segredo do sucesso. E é nesse glossário íntimo que se escondem os segredos das amizades e romances. 

No Tarot, a carta “o Enforcado” simboliza contrastes; alguém de cabeça para baixo, pendurado pelo pé, mãos presas atrás do corpo, olhos muitas vezes abertos. A imagem representa sofrimento, mas também aceitação. Um sacrifício feito em troca de algo. Um jogo de opostos.

Em "Os Enforcados", tentamos preencher as lacunas com versos. Cada poema esconde diferentes vítimas da forca: amores que, juntos, formam a corda que se aperta no pescoço do autor e, talvez, também do leitor.

Coleção de poemas por Denis Pacheco com ilustrações de Talles Rodrigues.